3 de abril de 2012 Felipe

Google, Nascar e o cross-media do primeiro de abril

Google Racing | google.com/racing

Vou precisar nascer e morrer umas três vezes até ver alguma categoria esportiva no Brasil que tenha o culhão de fazer o que a Nascar e Google criaram juntos para o 1º de abril, o Google Racing. É a página da equipe que o Google criou para competir na Nascar. Até aí, tudo bem. Mas o carro utilizaria a tecnologia de carros autônomos que a empresa desenvolve, ou seja, não seria necessário um piloto.

Para dar mais volume à brincadeira, fizeram a grande sacada: um vídeo dentro do site da Nascar, com apresentação de Marty Snider, repórter do site, falando da novidade. É simplesmente sensacional! A matéria fala das tecnologias implementadas recentemente na categoria, como o uso do etanol e da injeção eletrônica. E então, pausa para a grande novidade, o carro que dirige sozinho! Colocam pilotos reais na matéria: Clint Bowyer, Brad Keselowski (“vai me permitir fazer outras coisas no carro”) e Jeff Gordon, entrevistam fãs e chefes de equipe. É a enrolação perfeita e diferente.

Ok, percebo que os norte-americanos são mais relaxados em relação ao primeiro de abril. O próprio site fala da brincadeira, embora ressalte que “enquanto não oferecemos carros que dirigem sozinhos, estamos ansiosos para trabalhar com a Nascar em projetos futuros”. Pode ser servido também como o anúncio de uma parceria. Mas mostra uma maturidade do mercado em relação ao público e internet. Com um pouco de investimento, criaram um site, um carro e utilizaram o conteúdo multimídia do site da categoria para divulgar a mentira, com toda pinta de ser oficial.

Porque não fazemos isso no Brasil? Pra não cair no chavão do futebol, onde desperdiçam milhares de oportunidades legais todos os dias, a Stock Car poderia fazer isso e a Superliga de Vôlei também. Mas, não fazem. Quais as razões? Medo ou imaturidade?

Eu, fico na segunda opção. Acho que precisamos de um pouco mais de coragem para produzir esse tipo de conteúdo, que pra mim, agrega valor e nos permite rir um pouco mais de nós mesmos.

E qual é a opinião de vocês?

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