O caderno Mais! da Folha de São Paulo de ontem traz uma série de boas matérias sobre a corrida espacial e o Projeto Apollo. A que mais me chamou a atenção foi sobre a vida “pós-Lua” dos 12 que pisaram. Todos, sem excessão, tiveram problema com alcoolismo e depressão. A maioria não conseguiu sair. Os dois da Apollo 11 vivem(viveram) momentos distintos. Neil Armstrong por exemplo, não dá autógrafos e vive recluso. Já Buzz Aldrin conseguiu superar a fase barra pesada e hoje é uma das “estrelas” do programa Apollo.
Em sua autobiografia, Aldrin pergunta: “O que um homem pode fazer como segundo ato depois de andar na Lua?” E ontem estava conversando com meu pai sobre esse assunto. Pisar na Lua deve ser um soco na sua vaidade. Para Armstrong, Aldrin e os outros dez, saber que foram em um local que ninguém mais chegou – nem mesmo chefes de Estado – é de uma satisfação e importância tremendas. Porém, deve ser muito difícil fazer alguma coisa mais “importante” do que chegar à Lua. Como achar motivação para arrumar um outro trabalho?
fabs
O homem chegou na Lua há 40 anos mas esgoto canalizado só chegou em Nova Lima agora.
Gabriel
Belíssimo post!
As discrepâncias em termos de progresso são realmente absurdas. Desconsiderando o fator tempo, perceber q a corte francesa do séc.17 vivia em condições sanitárias mais precárias do q boa parte da periferia do mundo é também acachampante.
O progesso é majoritariamente uma ilusão criada pelo homem.
Mas pisar na lua… Isso aí é outra onda. Acredito e assino em baixo do post. Ter a oportunidade de sobretudo visualizar, in loco, o planeta terra, solto em meio a vasta imensidão infinita do espaço, a girar. Não deve ser algo fácil de digerir realmente.
Sugiro ouvirem Hypnotic Brass Ensemble, para uma melhor reflexão a cerca da percepção do infinito.