26 de novembro de 2005 Felipe

Fofoca

Festas de família são eventos basicamente movidos por bebida, polêmicas e fofocas. Sem um desses ingredientes não temos uma festa completa. O primeiro e o terceiro devem estar presentes de maneira abundante. Pelo menos na minha família, parece existir um conselho para opinar e falar da vida alheia. Geralmente quem começa é uma tia avó, que surpreendentemente sabe de tudo e te liga como quem não quer nada, dizendo “Olha, não tenho nada a ver com isso, mas…”, pra em seguida soltar a fofoca.
Claro, reuniões familiares servem de pretexto para concatenar os assuntos e atualizar em relação ao que há de mais recente acontecendo. Mas hoje, dia seguinte a festa de 50 anos da minha mãe, fiquei impressionado com a imaginação das pessoas.

Fulana diz:
Fiquei sabendo de um namoro…

Felipe diz:
Mesmo? De quem?

Fulana diz:
Seu.

Felipe diz:
Meu?? Mentira. Se fosse verdade, ela estaria lá.

Fulana diz:
Mas ela tava lá.

Felipe diz:
Mesmo? Quem era??

Fulana diz:
Não sei, também quero saber.

Claro que eu sabia quem era a autora da invenção. No segundo evento do fim de semana, esclareci tudo, mas ela preferiu acreditar na versão dela. Melhor assim, me evita dor de cabeça. 😉

Nota: Comecei a escrever esse post tem umas duas semanas, depois de uma conversa com a Keila, onde ela falava das fofocas pós-festa familiar. Como não conseguia fechar o texto, deixei ele salvo. A conversa de hoje foi a motivação necessária.

Comments (2)

  1. E a melhor técnica para se desvencilhar dos comentários é inventar um ainda maior. Coisa melodramática, de novela mexicana. Daí a tia se convence, adora e saí espalhando sua boa história – criatividade tem seu valor.

    ***

    Eu adoro fazer parte da comunidade da ACM, fazer ginástica ao lado de velhinhos com fundo “tempos da brilhantina”. Mas, existem várias lendas que a circundam.

    beijo

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