Eu gosto de filmes que contam pequenas histórias separadas e que se juntam no final. Crash está nessa lista. Mais do que isso, parece doentio o modo como o preconceito e as diferenças estão incrustados na sociedade americana. Brancos e negros, negros e latinos, latinos e asiáticos. Todos dentro do mesmo barco, mas cada um por si. O filme é denso e os diálogos entre os personagens Peter e Antonhy dão uma aliviada na tensão. Don Cheadle dá um show e até a Sandra Bullock, que eu acho chata (e faz um papel de chata), me agradou. Vale demais o ingresso!
Além do diálogo inicial, outra passagem também é bacana. Cada vez mais, vejo graça nas pessoas. Isso que deixa tudo melhor e talvez mais leve que o filme. Felizmente, acho que ainda não chegamos ao estágio de bater nas pessoas para conseguirmos algum contato. 😉

It’s the sense of touch. In any real city, you walk, you know? You brush past people, people bump into you. In L.A., nobody touches you. We’re always behind this metal and glass. I think we miss that touch so much, that we crash into each other, just so we can feel something.

Officer Hanson: Something else funny?
Peter: [laughing] People, man… people.